Todos os dias, uma média de dez
enfermeiros pede à Ordem a documentação necessária para trabalhar no
estrangeiro. Este ano já foram 1.072, quase o dobro do total registado em 2009,
segundo dados daquela entidade.
Os
dados da Ordem dos Enfermeiros (OE) enviados à agência Lusa indicam que, em
2009, 609 destes profissionais solicitaram à OE a "Declaração das Directivas
Comunitárias" para trabalhar no estrangeiro, número que subiu para 1.030 em 2010
e para 1.724 em 2011.
"A OE compreende que muitos enfermeiros procurem no estrangeiro a possibilidade de exercer a profissão que escolheram e lamenta as políticas de emprego público, que não investe em recursos qualificados que o país possui", refere uma resposta escrita da OE enviada à Lusa.
Para a OE, Portugal está a "exportar" profissionais de que precisa, uma vez que se estima que as unidades de saúde portuguesas necessitem de 10 a 15 mil enfermeiros.
Alertou ainda que os enfermeiros devem ter "cuidados acrescidos" na assinatura de contratos para o estrangeiro, na sequência de ter tido conhecimento de eventuais práticas de recrutamento impróprias.
Segundo um estudo da OE, os países de eleição para a emigração dos jovens enfermeiros são Espanha (2,2%), Inglaterra (2,1%), Suíça (1,2%), França (1,9%) e Canadá (0,1%).
A Ordem dos Médicos (OM) também registou um aumento do número de profissionais que optam por ir trabalhar para o estrangeiro.
"Há cada vez mais médicos portugueses a irem trabalhar para outros países porque, infelizmente, não lhes são oferecidas condições mínimas para se manterem em Portugal", disse à Lusa o bastonário da OM.
Assim, quando lhes "oferecem condições muitíssimo mais atractivas e, sobretudo, perspectivas de progressão profissional é evidente que eles optam por países estrangeiros", adiantou José Manuel Silva.
Por outro lado, observou, "com o encerramento progressivo do Serviço Nacional de Saúde, cada vez há menos vagas para os jovens tirarem a sua especialidade".
"Os jovens estudantes de Medicina estão cada vez mais a equacionar a solução da emigração, o que é dramático para o Serviço Nacional de Saúde (SNS)", sublinhou.
Para o bastonário, o "recrutamento activo por parte de países europeus de médicos portugueses é um sinal claro da excelência dos médicos e especialistas formados em Portugal, que é reconhecida nesses países".
Por essa razão, esses países "vêm buscá-los para tratar dos seus cidadãos, oferecendo-lhes muito melhores condições do que o Governo português".
José Manuel Silva lembrou que um especialista médico tem 12 anos de formação, que fica "caríssima ao Estado".
"Formamos técnicos altamente qualificados que ficam muito caros ao país, são necessários aos doentes e são obrigados a emigrar para outro país por força da política de destruição do SNS desenvolvida por este Governo", rematou.
"A OE compreende que muitos enfermeiros procurem no estrangeiro a possibilidade de exercer a profissão que escolheram e lamenta as políticas de emprego público, que não investe em recursos qualificados que o país possui", refere uma resposta escrita da OE enviada à Lusa.
Para a OE, Portugal está a "exportar" profissionais de que precisa, uma vez que se estima que as unidades de saúde portuguesas necessitem de 10 a 15 mil enfermeiros.
Alertou ainda que os enfermeiros devem ter "cuidados acrescidos" na assinatura de contratos para o estrangeiro, na sequência de ter tido conhecimento de eventuais práticas de recrutamento impróprias.
Segundo um estudo da OE, os países de eleição para a emigração dos jovens enfermeiros são Espanha (2,2%), Inglaterra (2,1%), Suíça (1,2%), França (1,9%) e Canadá (0,1%).
A Ordem dos Médicos (OM) também registou um aumento do número de profissionais que optam por ir trabalhar para o estrangeiro.
"Há cada vez mais médicos portugueses a irem trabalhar para outros países porque, infelizmente, não lhes são oferecidas condições mínimas para se manterem em Portugal", disse à Lusa o bastonário da OM.
Assim, quando lhes "oferecem condições muitíssimo mais atractivas e, sobretudo, perspectivas de progressão profissional é evidente que eles optam por países estrangeiros", adiantou José Manuel Silva.
Por outro lado, observou, "com o encerramento progressivo do Serviço Nacional de Saúde, cada vez há menos vagas para os jovens tirarem a sua especialidade".
"Os jovens estudantes de Medicina estão cada vez mais a equacionar a solução da emigração, o que é dramático para o Serviço Nacional de Saúde (SNS)", sublinhou.
Para o bastonário, o "recrutamento activo por parte de países europeus de médicos portugueses é um sinal claro da excelência dos médicos e especialistas formados em Portugal, que é reconhecida nesses países".
Por essa razão, esses países "vêm buscá-los para tratar dos seus cidadãos, oferecendo-lhes muito melhores condições do que o Governo português".
José Manuel Silva lembrou que um especialista médico tem 12 anos de formação, que fica "caríssima ao Estado".
"Formamos técnicos altamente qualificados que ficam muito caros ao país, são necessários aos doentes e são obrigados a emigrar para outro país por força da política de destruição do SNS desenvolvida por este Governo", rematou.
Fonte: http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=568017 (13/07/2012)
Discriminação de Engenheiros Brasileiros em Portugal / Mensagem as Universidades Brasileiras
ResponderEliminarExmos. Colegas das Universidades Federais Brasileiras
Venho denunciar e apelar, para que não dêem equivalências de diplomas de universidades portuguesas em vossas instituições, devido à discriminação da Ordem dos Engenheiros Portugueses, aos Engenheiros Brasileiros em Portugal.
Por favor leiam o texto abaixo, e ficarão esclarecidos.
Atenciosamente.
Ramiro Lopes Andrade
Engenheiro Civil
CREA - Carteira Profissional nº RJ-881003779/D
======================================================
Exmos. Colegas Engenheiros dos Crea´s
Venho dar conhecimento da carta enviada ao Sr. Eng. José Tadeu da Silva,
Presidente do Confea, sobre o assunto em epígrafe.
Venho também pedir á todos os Presidentes dos Crea´s no Brasil, que
cancelem todos os pedidos de inscrição de Engenheiros Portugueses para
emissão de carteiras profissionais do Crea, devido a termos no Brasil a
mesma reciprocidade em relação ao ato racista da Ordem dos Engenheiros
Portugueses em relação á 153 engenheiros Brasileiros em Portugal, que nunca reconheceram os 153 profissionais em Portugal.
Aguardando vosso prezado contacto para qualquer esclarecimento adicional, apresento meus cumprimentos.
Ramiro Lopes Andrade
Engenheiro Civil
Carteira Profissional nº RJ-881003779/D
Reg. nº 1988100377
e-mail: ramiro.lopes.andrade@gmail.com
ramiro.andrade@hotmail.com
Marco Alzamora
ResponderEliminarArquiteto e Urbanista
CAU 9044-1
www.alzamora.arq.br
alzamora@alzamora.arq.br
Caro Sr. Arquitecto Marco Alzamora
Li seu artigo sobre “Entrada de profissionais estrangeiros preocupa sistema profissional” do Engenheiro civil José Tadeu da Silva.
Muito me agradou o tema, por razões óbvias.
Venho solicitar que continue a divulgar o tema, também aproveito para denunciar a invasão de profissionais engenheiros e arquitectos ( espanhóis e portugueses ), na zona envolvente de Itaboraí, no Complexo da Comperj, e nas obras envolventes na cidade de Itaboraí / Rio de Janeiro.
Os profissionais estrangeiros em sua maioria estão ilegais, entram como turistas e começam a trabalhar nas empresas estrangeiras, competindo de forma ilegal com profissionais brasileiros.
Peço que denuncie no Crea e Confea esta situação.
Quanto a minha situação referente a Ordem dos Engenheiros Portugueses continua na mesma, e nunca reconheceram meu título académico em Portugal.
Já desisti de Portugal, e irei me mudar definitivamente para o Brasil, ainda este ano.
Um abraço, e votos de muito sucesso.
Ramiro Lopes Andrade
Engenheiro Civil
E-mail: ramiro.lopes.andrade@gmail.com
Em carta aberta aos cidadãos brasileiros, Abril de 2000, o engenheiro Ramiro Lopes Andrade disse o seguinte:
ResponderEliminarMeu nome é Ramiro Lopes Andrade, sou cidadão brasileiro (natural de Niterói – Estado do Rio de Janeiro) que vive e trabalha em Portugal desde 1990, e tenho licenciatura em engenharia civil desde 1988.
O motivo desta carta é pura e simplesmente uma denúncia contra os governos brasileiro e português.
Desde que fui trabalhar em Portugal, sou impedido de exercer minha profissão livremente, pois não posso assinar projectos de engenharia, nem tão pouco termos de responsabilidade técnica, porque meu curso é do Brasil.
No entanto, os cidadãos portugueses que tiram o curso em Portugal, actuam livremente no Brasil, sem nenhum impedimento, podendo inclusive assinar projectos etc.
Eu peço a todos os cidadãos brasileiros que levem esta carta, que denunciem esta situação tão injusta para 153 engenheiros brasileiros que vivem e trabalham em Portugal.
Nós, 153 engenheiros brasileiros, não somos uma ameaça aos mais de 5 mil engenheiros portugueses.
Quando Brasil recebeu centenas de milhares de cidadãos portugueses de braços abertos no século XX, todos foram bem recebidos, muitos inclusive, puderam ser eleitos deputados estaduais e federais e ascender a lugares de destaque na sociedade brasileira, por mérito próprio.
É injusto que cidadãos brasileiros sejam discriminados em Portugal, quando cidadãos portugueses foram tão bem recebidos no passado recente no Brasil.
O que Portugal faz hoje é um erro grosseiro em relação ao futuro, pois não se sabe, se um dia, não virá a precisar outra vez do Brasil, como foi no passado recente (40 anos atrás). É conveniente não esquecer, que em 1975, cerca de 250 mil portugueses que fugiram das antigas colónias africanas, e também de Portugal (após a revolução que derrubou o regime ditatorial de Salazar), e vieram se refugiar no Brasil, sendo todos bem recebidos.
Outra questão tem sido nosso governo, que tem sido incompetente para resolver esta questão. O mínimo que poderia fazer era retaliar na mesma moeda; ou seja, cancelar todas as licenças profissionais de cidadãos engenheiros portugueses no Brasil, até que o problema em Portugal estivesse resolvido.
Como se tudo que foi dito bastasse, ainda por cima, estes profissionais portugueses actuam livremente no Brasil, sem a devida fiscalização dos órgãos competentes (CREA e CONFEA).
O presidente Fernando Henrique Cardoso esteve em Portugal em Março 2000, a comemorar os 500 anos de Descobrimento.
É um insulto a todos os profissionais brasileiros não ter essa farsa resolvida. O Presidente Fernando Henrique Cardoso é cúmplice desta situação.
Não me digam que já indo no segundo mandato presidencial, ainda não teve tempo de resolver esta questão, sobre as equivalências aqui em Portugal.
Aproxima-se o dia 22 de Abril (data da Descoberta do Brasil).
Seria bom que o Brasil e Portugal resolvessem esta questão, mas como os governantes, tanto brasileiros como portugueses, são uns hipócritas, só me resta divulgar esta mensagem pela Internet e via fax, a todos os brasileiros de boa vontade, e esperar a solidariedade de todos na divulgação desta injustiça.
Talvez, os cidadãos brasileiros num futuro muito próximo, comecem a tratar os portugueses no Brasil, da mesma maneira que os portugueses tratam os cidadãos brasileiros em Portugal. “Nesta altura vamos ver o que sentem e pensam os portugueses no Brasil.